quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fuga!


e eu sinto vontade de escrever.
Ai, meu Deus, me ajuda?!
Por que essas coisas acontecem comigo?
e eu me vejo menina, escondida debaixo da cama,
chorando,
rezando,
pq eu não entendo a perseguição;
não, eu não entendo.
Sem me colocar no papel de vítima,
eu busco as respostas.
E cresço.
Eu fujo inconscientemente.
Fujo de alguma coisa que atormenta a minha mente
sem que eu perceba.
solidão?
acredito não ser.
E depois de voltas
e voltas
e voltas
ao redor de mim mesma,
descubro que não me encontrei.
que as respostas foram úteis em momentos isolados.
e que a verdade sobre o meu ser
não apareceria em breve.
Eu fujo
e esqueço aquilo que ficou pra trás.
aquilo que já me fez sorrir e chorar.
o que me fez mulher.
eu corro sem notar que as minhas pernas se movem.
os meus joelhos doem e
eu não sei a razão.
o andar é apressado,
mas eu não sei para onde estou indo.
e, de repente, eu me encontro em seus braços.
um amor repentino.
um desejo calado.
e já não tem mais como fugir.
mesmo que a minha mente voe para outro lugar
o paraíso é ao seu lado.
e o desejo de partir não é suficiente
para desancorar o
meu coração.

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