quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tranquilidade


Eu me emociono com textos de desconhecidos.
Eu me transporto para época perdidas.
E vejo lágrimas em meus olhos.
Eu vejo lágrimas de felicidade!
Os meus olhos brilham mais do que criança ganhando doce.

Eu viajo sozinha.
Descubro matas, praias, cidades inóspitas.
Eu navego em rios.
Tomo banho de mar.
Deixo a sandália na areia e vou brincar
de voar.
Eu olho para mim. E os meus cabelos estão ao vento.
Meu rosto está vermelho. Ah, vermelho de excitação.
Eu paro por um segundo.
E aquelas fotografia ganham vida.
Aquelas pessoas retornam. E a casa está repleta de sorrisos.
Os sorrisos não são de desespero.
Ah, os sorrisos são amor!
São amor!
Amor...
Tudo aquilo que eu via em meus olhos,
minha face,
minha boca.
O meu corpo esquecia.
O meu corpo flutuava.

E o tranco do carro foi
mais forte do que as lembranças.
E muito menos
do que a ânsia de voar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Declaração!



E, no fundo, aquela saudade calada.
De quem já não faz parte da família.
Ainda que o sangue não negue.
Há um desertor!
Não daqueles que saem esbravejando as falhas consaguíneas.
Daqueles que não se sentem mais em casa.
Que não luta mais por manter a tribo em paz.
E ainda se alicia aos inimigos.
Ainda que o seu coração palpite ao falar do seu passado.
Ainda que não queira seu mal. Queira seu bem.
Ainda que deseje... Seria bom ter ficado.
Mas sair foi melhor.
Ele já pertence a outro lugar.
*De vez em quando regressará às escondidas.
Camuflado
Para ver se encontra o que ainda falta nos seus dias.
Para ver se o coração balança a cada batida da bateria.
Bandida!
Para ver se se perde novamente.
E, então, encontrará o caminho do lar.
Que é um pouco longe dali.