quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sem arrependimentos. Mas com dor no coração.


Eu fico dando voltas,
passando os rostos,
trocando os olhares
e até tento mudar as intenções.
Impossível reviver!
Por mais que retorne àquele
lugar inesquecível
com aquelas pessoas insubstituíveis.
Não, o momento é outro e
eu não vou conseguir o mesmo efeito.
Posso até sofrer. Doer. Cair em desespero.
E nunca mais querer voltar naquele lugar.
com aquelas pessoas.
É assim que acontece
depois de viver doze meses que
pareceram doze anos e doze dias,
ao mesmo tempo,
com pessoas amadas.
O que fazer?
Nem eu sei dizer.
Eu só sei sentir.

domingo, 25 de abril de 2010

Feriado


Era o fim de uma história.

Era o início de uma lenda de amor.

A história de uma mulher que esperou tranquilamente pelo amor da sua vida até o dia de sua morte.

A lenda de uma guerreira que superou o ciúme, a inveja, a solidão, os preconceitos e o orgulho.

Depois daquela tarde em que ele suplicara: "Espere por mim? É só você quem eu amo e quero nessa vida!", essa doce senhora sentava todas as tardes para ver, da sua varanda, o sol se pondo no mar.

Aquelas luzes, cores e sensações a fortaleciam. Ela se renovava a cada pôr-do-sol acompanhado de uma xícara de chá ou capuccino nas tardes mais frias e suco de laranja nas mais quentes. Ah, tinha também uns sequilhos ou bolachinhas de goiabada. A mesa branca de ferro e as cadeira sempre estavam na mesma posição. A única coisa que modificou com o tempo fora a árvore que havia crecido e já poderia atrapalhar a visão do seu eterno-potencial-acompanhante do espetáculo mais lindo do universo.

Ela tinha noventa e seis anos no dia em que faleceu. E vinte e oito no dia em que seu amor pediu-lhe paciência. O curioso dessa personalidade era a confiança, a certeza que ela possuía em uma amanhã glorioso. Ela não se martirizava nem sofria. Sim, seu coração era torturado a cada dia que passava e ela não recebia o retorno esperado. Doía muito. Mas nem por isso ela chorava. Viveu todos os dias unicamente. Viajou. Estudou. Trabalhou. Saiu com outros homens para dançar, jantar, passear, conversar, mas nunca permitiu um beijo nem o entrelaçar das mãos. Sentiu vontade de ter filhos e adotou as crianças das empregadas. Investiu no futuro delas e recebeu muito amor, carinho e gratidão em troca. Isso a ajudava também. Em nenhum momento ela ligou para ele, mandou cartas ou qualquer coisa do tipo. Sua família se revoltava contra ela e, principalmente, contra ele.

Depois de mais um espetáculo de luzes, cores e sensações, foi anunciado que ela tinha uma visita. Vindo em uma cadeira de rodas, com três anos a menos que ela, mas aparentando mais, um senhor que carregava no semblante a felicidade e o arrependimento lhe disse: "Eu voltei!". Ela, sentada ainda na cadeira, segurou sua mão, olhou em seus olhos e falou: "Muito obrigada por ter me proporcionado tanta felicidade!". Trocaram um demorado beijo no rosto. Ela deitou em seu colo e... descansou em paz.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aniversário do André!

Acho que o André merece um post de aniversário!
Foi ele quem criou esse blog pra mim! :D
Ele sempre me incentivou a escrever, fazendo críticas aos meus textos e acreditando em mim!
Também foi fundamental em momentos da minha vida em que eu estava um tanto desorientada e começando uma nova fase!
Ele conversava comigo atéééé de madrugadona todos os dias das férias!
Somos tão diferentes que de vez em quando até nos parecemos.
Concordamos e discordamos diversas vezes.
Eu tento alertá-lo... e ele me dá uns conselhos.
=P
Eu queria escrever um texto bem lindo ou dedicar uma música também linda a ele.
Mas acredito ser impossível por ora. Acho que as palavras espontâneas e sinceras são mais adequadas nesse momento.
(Aquele clichê básico, para satisfazê-lo qto a isso)
=P
Ah, eu só queria registrar a importância desse meu amigo que eu não vejo sempre, que não é aquele que me conhece desde a maternidade e que, ainda assim, é essencial pra mim.

Dé, sua amizade me ajuda muito! Sempre!

Desejo TUDO de MELHOR na sua vida!
Que você alcance seus objetivos e realize seus sonhos!
Muitas felicidades, meu amigo!

Domingo de ressaca


Eu realmente não me lembro.
Eu estava com os pés descalços e
pisava em cacos de vidro.
As pessoas riam de mim
e uma delas veio me dizer que eu
não conseguiria.
E o engraçado disso é que
eu poderia acreditar nessas palavras.
A chuva molhava o meu corpo,
lavava minha consciência ,
levava os restos de um amor pagão.
O som vinha do mar.
As ondas batiam nas pedras.
A areia estava dura. E eu deitei sobre ela.
Os meus olhos encontraram uma estrela
que fingia ser o meu norte.
Quando, na realidade, o que me guiava
eram as placas de sinalização.
Eu poderia ter chorado;
virado de lado e dormido;
e até gritado.
Mas preferi cantar.
Um tanto desafinada, porém suficiente para
que as pessoas se aproximassem.
Então, deu-se início uma comemoração.
As pessoas celebravam a vida.
Eu continuei deitada.
Os meus olhos se fecharam.
E agora estou aqui.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aquele brinde à liberdade! :D


** Inicialmente, eu pensei em postar parte do texto que eu fiz... A parte que mais se adequa ao dia e à ocasião, mas eu não gosto das coisas pela metade, né?!, então, não custa nada colocar o texto inteiro. Esse texto foi feito em fevereiro.

=)


Acho que preciso escrever
que eu não te vi aquele dia;
que eu não saí daquele lugar pela
sua atitude.
Foi porquê eu quis. Quis aproveitar, curtir e viver
o que eu não vivi ao seu lado.
Eu preciso te contar que
hoje eu sou feliz.
Eu faço o que eu quero.
Longe de você.
E triste é ter que ter alguma companhia física
quando a que está dentro de nós não pode nos acompanhar.
Triste é virar de costas quando se quer ver.
É fechar os olhos quando se quer falar por meio deles.
Triste é beijar quem substitui.
É amar quem não te completa.
É negar o que sabe ser real.

O que é real?
Eu só sei que...
Hoje é um outro dia.
E o tempo fará eu perceber
que a vida segue.
E que eu vivo muito além!