segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Liberty


Liberdade é um movimento de asas sincronizado
É correr em um labirinto com GPS.
É andar de bicicleta em um parque.
É sentir o vento bagunçando os cabelos na porta do trabalho.
É chorar apenas antes de dormir.
É sair andando na praia e voltar para o almoço.
É dormir com o despertador ao lado.
É poder ir a uma festa. Mas ter que voltar antes de acabar.
É se bronzear em máquinas.
Fazer poses pra fotos.
E andar de moto na rua de casa.
Liberdade é ter que calar.
Ter que ouvir.
E ainda responder.
Liberdade hoje é esperar o chamado.
Um alguém.
Um momento.
É cair na rotina.
No esquecimento.
É perder uma oportunidade.
Optar por não fazer.

É perder a vida.
O sentido.
Aquele alguém.



Kisses!
;*

sábado, 29 de agosto de 2009

Com um sorriso no rosto, eu...


Está frio.
Bate um vento. E eu sinto as lembranças.
O pôr-do-sol é o mais belo e está guardando consigo um dia, um amor.
Pego minha xícara e tomo um gole de café. Olho novamente em direção ao portão e decido entrar.
A sala está vazia. De pessoas. E cheia de obejtos.
E eu penso que o meu erro tenha sido usá-los demais.
A música que eu ouço faz-me recordar dos tempos de lutas.
De loucuras, de aventuras.
As minhas amizades.
O vento levou. O tempo apagou.
As nossas fotografias estão desbotadas.
Ouço um barulho e logo vejo a empregada subindo para recolher a louça.
Deito no sofá e sonho com uma perda, uma dor, uma travessia e, por fim, uma conquista.
Abro os olhos e entristeço pela noção de realidade vivida que a vida não pode me dar.
As cortinas voam pra dentro da sala com o vento que bateu.
A minha cabeça dói.
Eu sinto cheiro de lembranças e é a chuva que cai lá fora.
Fecho a porta-balcão.
E o meu amor espera.
O dia amanhecer.
Com um sorriso no rosto eu...

sábado, 22 de agosto de 2009

Here!


Livre-arbítrio.
Uma escolha. Um suspiro. Um segundo.
O instante em que a vida segue por outro rumo. O instante em que a vida cessa. O instante que a vida dura.
O poder de uma palavra. O valor de um olhar. Uma atitude.
Como? Por quê? Quando?
O acaso... O acaso?
Acidentes... Acidentes?
Destino!... Destino?
Livre-arbítrio!
Decisões calculadas, impensadas... impulso e coerência.
Conveniência... consequências.
A roda da vida girando... o trem da vida passando... o tempo, o tempo da vida escorrendo como suor pelo corpo. As opções servindo como vestes e formando um ser.
Um ser que não sabe o que quer, por que e como; não sabe de onde veio nem pra onde está indo.
Riscos.
Roleta, cassino, cartas, sorte e azar.
Girando, se iludindo, deduzindo, ganhando e perdendo; acertando e errando.
O que é certo? O que é errado?
O coração.
Batendo.
Uma escolha. Um suspiro. Um segundo.
Um trem. Uma vida.
Mais um corpo é removido... outro trem passa... e a vida segue na cidade de sonhos perecíveis.

domingo, 16 de agosto de 2009

To you.


Basta sorrir.
Já ouviu falar de um lugar que reaproxima as pessoas? Pode ser fisicamente mesmo, mas eu digo em um sentido mais subjetivo.
O lugar é um parque, um shopping, uma praça, uma estação ou simplesmente a sua casa. Nesse lugar você revive tudo o que você já sentiu de bom estando ali anteriormente. Não reviver realmente. Você sente. Sente a presença das pessoas queridas que um dia dividiram eternos momentos com você e a fez sentir a pessoa mais especial e única do... Universo! Mas você não sabia disso. Ou sabia. E isso dói mais. Ou conforta.
E quando você se vai... bom, quando você sai desse refúgio, você sente a distância que pesa entre a pessoa querida e os anos que se passam fazendo com que a distância aumente exponencialmente e, de certa forma, machuque mais a cada dia. Ou já nem consiga provocar dor.
Um cheiro, uma tarde, um objeto, enfim, qualquer coisa que lhe dá a certeza que você viveu. Que existiu alguém. Que você amou, e plagiando o poeta, que chorou, que sofreu. E que sorriu mais do que todas as coisas. E que a pessoa continua viva e tão mais perto de você do que imagina.
Basta sorrir.
Basta sentir.

Back to the big town!

Imprevisibilidade


Eu não pensei que escreveria alguma coisa hoje.
Meu pensamento inicial foi de responder ao comentário anterior, mas... me vi tentada a escrever sobre um assunto instigante, curioso, engraçado, ah... qualquer adjetivo que você achar que se encaixe melhor.
O assunto? Ah, é o que a gente não sabe. Não... não é assim que eu devo definir esse assunto. Imprevisibilidade soaria bem, porque é imprevisível o que vão achar de você, o que vão comentar de você sem que você saiba no momento, sem que você esteja presente; às vezes, acho que na maioria, a pessoa encontra-se muito distante. Imprevisibilidade, eu gosto dessa palavra. Acho que cabe muito bem na minha vida. Era minha companheira e eu não sabia. :)
Aham, vamos ao texto, enfim!
No próximo post quero continuar nesse assunto de imprevisível com os rótulos. Rótulos que atribuímos a alguém, algumas vezes espontaneamente, muitas vezes ironicamente, maldosamente, sarcasticamente, se é que existe essa última palavra. E, finalmente, a surpresa! Quando a pessoa te surpreende. ;P
Sabe, até que faz algum sentido essa minha linha de escritos... um depois do outro, dispostos do modo como ocorre. Porque primeiro você pensa, quando pensa, rotula e, então, a pessoa o surpreende!
Tá, tá bom! Viajei demais e tá na hora de colocar o texto, que é relativamente grande para os meus padrões.
=P


Por ai.
Alguém está pensando em você agora. Ou falando do quanto você é querida. O que mais? Não sei. Pode ser aquele tombo memorável na escada da escola; aquela vez que te jogaram na piscina; ou quando você pegou 12 na balada, tá, o pessoal só sabe de 8. Eles devem estar lembrando da sua risada inconfundível ou de como você sai sempre igual nas fotos. Podem estar comentando da sua felicidade que transborda ou da paz que você transmite. Pode ser também que estejam fofocando sobre a sua impaciência ou extrema organização, afinal, ninguém é perfeito. Tenho certeza que irão lembrar e falar pra outras pessoas de como você cozinha bem e da sua inteligência. Seu modo de dançar e sua facilidade em lidar com os amigos também serão tópicos de alguma conversa ou lembrança que você nunca tomará conhecimento. Você não sabe, mas estão falando por ai que você anda triste por um amor que acabou. Eu posso te contar: ontem eu falei de você a um amigo, falei do quanto você é compreensivo. Não esperava? Pois é. Sabe aquele moço bonito com quem você trombou na saída do restaurante? Ele queria te encontrar novamente; ele pensa que você é publicitária, mas você é arquiteta; aparências enganam, ?! Sim, aquela garotinha falou pra mãe dela que você é o cara mais gentil que ela conheceu até hoje. Seus amigos acreditam que você é a mulher mais determinada e proclamam que você é o homem mais batalhador.
Pisquei meu olho.
Alguém deixou de pensar ou falar em mim, em você, quem sabe sonhar... E outro alguém começou.
Começou a falar de quando cantei Cazuza na praia ou quando eu briguei na escola; está lembrando da vez que corremos de um cachorro em uma rua qualquer ou de quando ainda sonhávamos juntos... do nosso beijo ou pensando na distância que nos separa.
Onde é que ela está? Pra onde ele foi?
Por ai.

Beijos pra quem lê!
E pra quem eu penso... e de quem eu falo.
=**

quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Eu queria colocar neste blog todos os meus textos anteriores do outro.
Mas eu decidi postar meu último texto para um amigo ler, pois não sei se conversaremos antes de voltarmos a nossa rotina; então ele poderá ler aqui...
E... pensando bem... quem tiver curiosidade de ler minhas divagações, dirijam-se a http://www.divagacoes.blog-se.com.br/

Recomeço aqui!
Sigo arriscando com os textos de sempre e, agora, com novidades.

"As pessoas esquecem o que você diz; o que você faz; mas elas nunca esquecem o que você as fez sentir!"


Parece que sou desenhada a lápis.
E eu acho que a saudade está batendo. Eu não quero que ela entre, mas ela é ligeira, já está acomodada novamente.
Eu me sinto insegura. Talvez seja porque estou de volta à cidade grande e serei mais um número novamente. Vazio. A entrar e sair de vagões e restaurantes. Ou pode ser que seja porque eu descobri que a bala da verdade é feita de chumbo e não de mel como eu acreditava. Ela é carregada de sentimentos abafados, nunca demonstrados, nunca declarados nem para seu atirador. E o atirador não é um vendedor de churros ou algodão doce. O atirador é um vendedor de crack; é um traficante de heroína; muitas vezes ele não tem culpa de ser o que é. Enfim. Me sinto um projeto, de tão insegura. Parece que sou desenhada a lápis e a manhã seguinte vai ser nublada. A chuva seria um alívio e um dia ensolarado seria uma bênção, um verdadeiro milagre.
Tudo isso é saudade?
Ou é... surpresa?
Vou dormir. Descansar.