quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Confissão



Me viram saindo de lá. Mas e daí?! Eu estava fazendo o que todos também queriam.
Ouvi comentários maldosos sobre a minha pessoa. Por quê?! Só porque eu faço o que eles não tem coragem de fazer.
Também ouvi uns elogios. Sim, sim, faz bem pro ego e infla a segurança.
Confesso: não sou tão segura como pareço e fico pensando por semanas no que eu fiz.
Andam dizendo que estou apaixonada. Mentira! Quer dizer, não é por alguém. É por mim, pela vida! - Permitam-me um segundo de digressão: só se apaixona pela vida quem chorou antes de sorrir; quem sofreu antes de amar; quem brigou pra conseguir; quem lutou pra conquistar.
Se as pessoas fizessem o que sentem vontade, elas seriam muito mais felizes! E nós também por economizarmos palavras ruins a essas pessoas que não se amam e não se permitem ser amadas. Também deixaríamos de nos estressarmos e criar a probabilidade de nascer uma ruga ou um cabelo branco.
É bom viver intensamente! Cada segundo é vivido e tudo que se faz é com amor. Tá, daí surge a saudade mais tarde, mas ela já não machuca mais se pensarmos que agimos com amor em tudo.
Ok, essa vida vicia.
Porque, convenha, é necessário viver várias vezes a mesma coisa ou diferente pra se satisfazer, senão uma sensação de vazio acaba por te assombrar com uma certa frequência.
Mas se eu optar por não fazer o que eu sinto, corro o risco de me arrepender, vou deixar de viver, aprender, ter sensações únicas. Mesmo que o preço que eu pague seja comentários subvertidos ou... interpretações inconvenientes a mim.
É obrigado a lidar com amores instantâneos. Com sentimentos inacabados. Com dores não superadas. E pra compensar tudo isso: histórias inesquecíveis, risadas eternas, pessoas incríveis e mais certeza quando escolher alguma coisa que mude a vida... ou simplesmente poder falar sobre algo com mais propriedade, sem "pré-conceitos".

O telefone está tocando.
Vou aproveitar pra colocar a pipoca no microondas.
Será que tem guaraná?
Vou ver que filme vai passar.


;*

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