sábado, 28 de novembro de 2009

Sábado com chuva.


Desliguei o telefone.
Escolhera o melhor lugar para a conversa final.
Até pensei que não teria um cantinho silencioso para uma conversa tão séria, mas achei logo.
Ele chegou logo. Sentia o que estava para acontecer. Estava tenso.
Durante a conversa, ele ficou em silêncio... Compreendia-me.
Evidente que eu chorei. Não muito. Nada de soluços. Apenas lágrimas. Quis passar segurança na minha decisão.
A rodoviária era muito bonita, mas não era muito movimentada.
Eu não sei o que aconteceu...
Não lembro.
Acho que foi um... O meu cérebro fez eu esquecer. Acredito que é para aliviar a dor e a culpa.
Realmente esqueci o seu rosto e o modo como caminhava para a saída da rodoviária.
Eu sei que acordei do meu torpor ao perceber que havia chegado um ônibus e muitos passageiros desciam no ponto final.
Nesse momento, percebi que as histórias na nossa vida se assemelham muito com o transporte, principalmente o ônibus.
As interpretações ficam a cargo de vocês, porque já é tarde e o meu coração, embora certo de sua escolha, encontra-se partido, ferido, triste, chorando, sangrando...
Levantei, fui em direção ao estacionamento, entrei no carro e comecei a chorar, mas segui o meu caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário